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Tecnologia veículo para rede (V2G): qual o impacto para o mercado de veículos elétricos?

18 de julho de 2025
Imagem 3D de um carro em tons de azul com visual futurista, destacando o design tecnológico e elementos que remetem a um veículo elétrico.

A transição energética global está acelerando a adoção da mobilidade elétrica. E, nesse novo cenário, a tecnologia Veículo para Rede (V2G) surge como uma das inovações mais promissoras do setor automotivo.

Mas o que exatamente é V2G (Vehicle-to-Grid)? Trata-se da capacidade dos veículos elétricos (EVs) de não apenas consumir energia, mas também de enviá-la de volta à rede elétrica quando necessário.

Ou seja, o carro deixa de ser apenas um meio de transporte para se tornar um recurso energético inteligente — contribuindo para a estabilidade da rede e o uso mais eficiente da eletricidade.

Neste conteúdo, você vai entender como o V2G funciona na prática, os impactos que ele pode causar no mercado de carros elétricos e quais os desafios para que essa tecnologia avance no Brasil e no mundo.

Como funciona a tecnologia Veículo para Rede (V2G)?

Imagem de um veículo elétrico sendo carregado.

O funcionamento da tecnologia veículo para rede ou V2G (Vehicle-to-Grid) se baseia em um sistema de carregamento bidirecional. Isso significa que, por meio de infraestruturas de carregamento específicas e software de gerenciamento inteligente, o veículo elétrico pode:

  • Carregar sua bateria em momentos de baixa demanda e energia mais barata.
  • Devolver energia para a rede durante picos de consumo.

Essa tecnologia exige componentes robustos e de alta confiabilidade, como sensores e conectores de alta performance, áreas nas quais a Amphenol se destaca com soluções inovadoras para o mercado de EVs.

Perspectivas de crescimento: onde o mercado está apostando?

Segundo relatórios de mercado recentes, a expectativa é que o mercado global de V2G (Vehicle-to-Grid) atinja mais de US$ 13,17 bilhões até 2029, com destaque para regiões como Europa, América do Norte e Ásia.

Grandes montadoras como Renault, Nissan e Fordanunciaram investimentos milionários em projetos piloto de V2G, com algumas aplicações comerciais em andamento, como o caso da empresa de carsharing na Holanda, que integrou veículos Renault com a tecnologia à sua frota em 2025.

Esse movimento representa uma mudança de paradigma na forma como os veículos elétricos se conectam ao ecossistema energético. Para empresas como a Amphenol, que atuam no fornecimento de conectores e soluções de interconexão, essa transição amplia a demanda por componentes cada vez mais robustos, confiáveis e eficientes.

O crescimento do V2G exige repensar aspectos técnicos da cadeia, como a durabilidade dos conectores em ciclos intensos de carga e descarga, resistência a ambientes externos e compatibilidade com padrões globais.

Trata-se de uma tendência estratégica que deve ser monitorada de perto, não só pelos impactos no setor automotivo e energético, mas também pelas transformações que ela impulsiona na indústria de componentes eletrônicos e elétricos.

A expectativa é de que o avanço do V2G acelere a inovação em materiais condutivos, protocolos de comunicação e topologias de rede, áreas nas quais a Amphenol vem investindo para oferecer soluções que acompanhem essa nova fase da mobilidade elétrica.

Por que vale a pena investir em veículos com tecnologia Veículo para Rede (V2G)

Imagem de um veículo elétrico em processo de recarga, destacando a tecnologia sustentável e o futuro da mobilidade

Antes de entrar nos aspectos técnicos da implementação, é importante entender como a tecnologia V2G agrega valor real à experiência do consumidor final e porque isso deve entrar no radar das montadoras e equipes de engenharia. 

Ao permitir que o veículo elétrico se conecte à rede elétrica de forma bidirecional, a tecnologia Veículo para Rede (V2G) transforma o carro em um ativo energético.  

Isso não apenas fortalece a proposta de valor do produto, como pode ser um diferencial competitivo em mercados cada vez mais atentos à eficiência energética e à sustentabilidade. 

Entre os principais impactos percebidos pelo consumidor estão: 

  • Redução da conta de energia: a possibilidade de devolver energia à rede em horários de pico gera economia real, com retorno financeiro direto ao usuário. 
  • Geração de receita: em mercados onde o V2G já está regulamentado, o usuário pode ser remunerado pela energia fornecida à rede. 
  • Backup de energia em emergências: o carro pode atuar como fonte de energia temporária para a residência, aumentando a resiliência do sistema doméstico. 

Esses atributos tornam o V2G mais do que uma funcionalidade técnica — é um argumento de venda que responde à crescente demanda por autonomia, economia e segurança energética. 

Desenvolver um veículo com tecnologia V2G: o que considerar?

Integrar a tecnologia V2G à arquitetura veicular vai além do sistema de baterias. Exige uma análise sistêmica de compatibilidade com a rede elétrica, protocolos de comunicação e performance em diferentes cenários de uso.

Continue lendo para entender os pontos essenciais que precisam ser considerados para viabilizar essa inovação na prática.

Barreiras técnicas na transição tecnológica

A evolução da automação e da Internet das Coisas (IoT) viabilizou o monitoramento em tempo real e o controle inteligente dos sistemas embarcados.  

No entanto, boa parte da frota e da infraestrutura industrial ainda opera com plataformas anteriores a essas inovações. Isso torna a transição para o V2G um processo tecnicamente complexo, que demanda: 

  • Adaptação da arquitetura elétrica e eletrônica do veículo. 
  • Compatibilização com padrões e normas regionais de energia. 
  • Avaliação da robustez dos componentes diante de ciclos intensos de carga e descarga. 

Diante desse cenário, o papel da engenharia é antecipar essas barreiras e buscar soluções que viabilizem a integração sem comprometer a performance do veículo ou a confiabilidade do sistema. 

Desafios da produção em larga escala

Ao sair do ambiente de protótipos e pilotos, surgem novos desafios: 

  • Custo de produção: integrar a tecnologia Veículo para Rede (V2G) pode elevar o custo do powertrain, exigindo compensações em escala ou novos modelos de monetização. 
  • Validação e testes: os ciclos de uso são mais exigentes, o que demanda novos critérios de durabilidade, segurança e confiabilidade. 
  • Integração com a rede elétrica: a tecnologia precisa estar alinhada com a infraestrutura externa, o que exige colaboração com utilities e operadoras de energia. 

O que é recomendável para facilitar a adoção? 

Para facilitar a integração da tecnologia Veículo para Rede (V2G) ao produto, recomenda-se: 

  • Avaliar a compatibilidade: revisar a infraestrutura eletrônica veicular e os módulos de controle para identificar o que pode ser adaptado ou substituído. 
  • Adotar soluções modulares: utilizar plataformas que permitam integração progressiva da tecnologia, com menor impacto na arquitetura geral. 
  • Estabelecer parcerias técnicas: colaborar com fornecedores especializados em conectividade, IoT e componentes de alta performance, garantindo robustez e escalabilidade. 

Com essa abordagem, é possível estruturar um portfólio de veículos aptos a atender às exigências da nova era da mobilidade elétrica, unindo desempenho técnico à entrega de valor tangível para o usuário final. 

Tendências tecnológicas que podem acelerar o V2G

Imagem de um gráfico insinuando um aumento de mudanças tecnológicas que vêm ganhando força no mercado automotivo e energético global.

Para superar os desafios atuais e ampliar a adoção do Veículo para Rede (V2G), algumas tendências tecnológicas vêm ganhando força no mercado automotivo e energético global.  

Essas inovações prometem reduzir custos, aumentar a eficiência e facilitar a integração entre veículos, rede elétrica e consumidores. Entre as principais tendências, destacam-se: 

  • Desenvolvimento de baterias de estado sólido, com maior durabilidade em ciclos de carga. 
  • Expansão das Smart Grids, com maior inteligência na distribuição de energia. 
  • Incentivos governamentais, como os oferecidos na Alemanha e Reino Unido, que estimulam a adoção do V2G. 

Com o avanço contínuo dessas frentes, o Veículo para Rede (V2G) caminha rapidamente para sair do campo dos projetos piloto e se tornar uma solução viável e escalável dentro do ecossistema de mobilidade elétrica global. 

Conheça a Amphenol

O avanço da tecnologia Veículo para Rede (V2G) não é apenas uma tendência de engenharia: é uma virada estratégica para todo o setor automotivo. 

A Amphenol, como fornecedora global de soluções para o mercado de veículos elétricos, está pronta para atender a essa transformação com sensores e conectores projetados para o futuro da mobilidade elétrica. 

Quer entender mais sobre como a Amphenol pode ajudar no desenvolvimento de projetos para EVs? Acesse nosso material exclusivo sobre sensores automotivos! 

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